Nova taxa que corrige empréstimos do BNDES ao setor produtivo começa a valer
A taxa de Longo Prazo (TLP), que passa a corrigir os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao setor produtivo, já está valendo para contratos firmados a partir de janeiro deste ano.
A TLP substituirá a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para esses novos empréstimos do banco de fomento. A nova taxa foi proposta pelo governo e aprovada pelo Congresso Nacional em 2017.
A taxa anterior, a TJLP, na prática, é subsidiada, ou seja, mais baixa do que as praticadas pelos outros bancos (e também mais baixa do que as que o governo paga para tomar dinheiro emprestado ao vender títulos de dívida).
A expectativa da equipe econômica é que, com o passar do tempo, a TLP represente juros mais próximos aos praticados no mercado financeiro, o que representará o pagamento de menos subsídios por parte do governo federal.
Na semana passada, o Banco Central divulgou os componentes de cálculo da TLP. A taxa prefixada da TLP ficou em 4,74% ao ano, sobre a qual está sendo aplicado um fator de ajuste de 0,57.
Com isso, ela cai para 2,7% ao ano – valor ao qual é acrescido a estimativa do mercado para o IPCA do próximo ano, de 3,96%. No fim das contas, a TLP, fixada para janeiro, está em 6,76% ao ano.
O valor é muito próximo ao da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 6,75% ao ano para o primeiro trimestre de 2018. O BC lembrou que as regras da TLP já previam que a nova taxa seria equivalente à TJLP no primeiro mês deste ano.
“O ponto de partida para a Taxa de Longo Prazo (TLP), válida a partir de 1º/1/2018, é a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) vigente (6,75%). Essa diretriz legal determina o fator de ajuste inicial. A partir daí, começa um processo de transição suave, ao longo de cinco anos, durante o qual a TLP sai de patamares próximos à TJLP vigente hoje para o patamar da taxa de juro real de uma NTN-B [um título público] com prazo de 5 anos”, informou o BC na semana passada.
Fonte: G1 Economia